Ta na moda! Ta geral fazendo! Quero também!
Uma pele bronzeada é o padrão de beleza atual, sendo sinônimo de pele "saudável" e atrativa, mas nem sempre foi assim, na época da vovó, ainda na Idade Média, chique mesmo era a pele pálida e frágil, quanto mais branca, mais status de riqueza era atribuído (Xô preconceito!). Por centenas de anos a pele bronzeada foi considerada repulsiva, especialmente entre as mulheres, pois estava associada aos trabalhadores dos campos e fazendas.Ter a pele clara era sinônimo de aparência saudável, significava o privilégio de não ter que realizar trabalhos manuais que os expusessem ao sol e se dar ao luxo de ter empregados que os fizessem.As vaidosas da época faziam de tudo, era papa de farinha de trigo + mel + óleos, sanguessugas para drenar o sangue da face, o famoso pó de arroz, o uso de anil extraído de plantas para ressaltar as veias do colo e pescoço dando o ar de “transparência” à pele, mangas longas, luvas, chapéus e parassóis eram itens obrigatórios usados pelas mulheres de classe mais alta para se manterem brancas e protegidas do sol a qualquer custo (gente!! aquele calor e elas de manga comprida. Importante mesmo era a pele branca, pra suvaquera nem ligavam). Em 1923, o bronzeamento ganhou prestígio quando, acidentalmente, a famosa designer francesa de moda Coco Channel tomou sol durante uma viagem a bordo de um luxuoso iate para Cannes. Assim que ela retornou com a pele um pouco mais bronzeada, nascia ali o impulso para esta moda, onde atrizes, modelos, donas de casa, todos queriam um tom mais bronzeado à pele. E desde então o amor por bronze se tornou febreeeeee!
Sabendo-se que é através de radiações que podemos conferir bronzeamento a pele, criou-se então as câmaras de bronzeamento artificial, que agem através da radiação dos raios UVA
Esta radiação causa danos até mesmo ao DNA da pele, dano esse que em sua maioria é irreversível,
A radiação UVA penetra profundamente na pele e suprime o sistema imune, sendo a principal responsável pelo fotoenvelhecimento. Tem importante participação nas fotoalergias e também predispõe a pele ao surgimento do câncer. estão presentes nas câmaras de bronzeamento artificial, em doses mais altas do que na radiação proveniente do sol (até 10x mais). Dano este que só vai aparecer com o passar dos anos. O uso destas câmaras para bronzeamento deve ser evitado apesar das alegações de que não fazem mal à pele.
Artigo publicado na edição de agosto da revista médica Lancet Oncology destaca que os raios ultravioleta (A, B e C), emitidos pelas luzes da cama, aumentam os riscos do desenvolvimento de tumores na pele. Em um dos estudos citados, por exemplo, o uso desse método antes dos 30 anos de idade foi associado a um aumento de 75% nos riscos de melanoma (mais grave câncer de pele). A Associação Internacional de Bronzeamento se defendeu dizendo que os raios ultravioleta desses métodos não diferem dos raios do sol e que, em ambos os casos, a exposição deve ser moderada.
A realidade é que existem váaaaaaaarias clínicas que fazem esse tipo de procedimento ilegal, e a procura é enooooooorme. Como o povo gosta de coisa errada né gente?! hahahah
Como a consequência dos raios UVA não são imediatos, como a dos raios UVB (que "queimam" somente a primeira camada da pele, gerando vermelhidão, manchas..) é um pouco difícil de colocar na mente das pessoas e elas entenderem que os danos são causados DENTRO delas; já dizia o velho ditado "é preciso ver, para crer", e só acreditam vendo mesmo, o problema é que quando chegarem a ter essa "visão" poderá ser tarde demais.
Recentemente, Tawny Willoughby, uma enfermeira que vive na cidade de Kentucky, compartilhou em sua página do Facebook fotos dos danos causados pelo excesso de bronzeamento artificial. “Comecei a fazer o bronzeamento artificial logo no ensino médio”, contou. “Eu me bronzeava em média umas 4 ou cinco vezes por semana, porque o bronzeado saia muito rápido”, disse ela em seu relato. Esse excesso de exposição custou caro para Tawny. Com apenas 21 anos ela descobriu o primeiro caso de câncer de pele. Entre os tipos de câncer, a enfermeira teve sorte de não ter desenvolvido um melanoma, o mais letal deles. Porém, o tipo basocelular e o espinocelular – que apesar de serem mais leves, deixam a região marcada – surgiram com frequência em sua pele. “Eu costumava ir a cada seis meses ao dermatologista para remover algum tipo de câncer”, conta.
De assustar! Mas é real :(
Se ainda não bastasse, segue abaixo
Chegar para uma sessão de bronzeamento artificial e se deparar com o próprio funeral. Esta foi a ideia desenvolvida pela agência Area 23, que faz parte da rede FCB Health. A campanha Free Killer Tan foi criada para a ONG Mollie’s Fund, com o objetivo de ajudar a conscientizar o público sobre o melanoma, um tipo de câncer de pele. A agência montou um falso salão de bronzeamento no centro de Manhattan (NY - EUA) e convidou pessoas para uma sessão gratuita de bronzeamento.Quando os clientes chegavam, viam um vídeo mostrando os efeitos letais do bronzeamento. Logo depois, foram convidadas para a sessão, que simulava o funeral da pessoa em questão (assista ao videocase abaixo).
É galera, bronzeamento é coisa séria, mas as branquinhas (assim como eu) não precisam se preocupar porque tem solução pra tudo nesse mundo Brazeeeel. Pra nossa salvação temos o bronzeamento artificial químico que eu irei falar nos próximos posts, por enquanto fiquem com essa relíquia:
Máquina de bronzeamento artificial de 1949 - EUA
por: Ariane Roque Ribeiro
Nenhum comentário :
Postar um comentário